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REFERÊNCIAS (fragmentos)

     As variações poéticas em torno do homem e do rio me interessaram na medida em que traduzem a identificação do autor com o meio físico. Creio que esse tipo de poesia, uma vez tradado com expressão pessoal e viva, contribuirá para uma definição cultural mais nítida do país.
Carlos Drummond de Andrade

     Acompanho a caminhada do poeta, ensaísta e professor Cid Seixas desde os seus começos, vai tempo. O jovem intelectual trabalhava a literatura portuguesa sob a égide de Hélio Simões, um dos grandes do modernismo baiano, remanescente do "Arco & Flexa", conhecedor profundo das letras de além-mar, doce criatura. Cid iniciava igualmente a aventura fundamental da poesia que eu, naqueles antanhos, saudei na medida da emoção contida e de beleza grave. Hoje, reencontro o poeta no volume dos Fragmentos do Diário de Naufrágio, quando alcança a altura da simplicidade complexa e densa, quando o despojamento é a medida do poema. Eu o reencontro e o situo entre os primeiros, os definitivos  – o pequeno livro enche-me as medidas.
     Arquitetura de luz tão cintilante / que a si mesma incendeia, eis a poesia de Cid Seixas. Os poetas são poetas porque sabem: Cid aprendeu a verdade e a mentira, “tecelão da matéria abstrata". Poderia citar cada verso dos poemas, nesses fragmentos o criador e o homem se definem e se revelam: "O poeta é aquele que ressurge”. Obrigado, Cid, pela beleza do pequeno livro, cujo único defeito é sair numa edição fora de comércio, de apenas cinquenta exemplares, quando exige edição normal ao alcance de todos os leitores que desejam viver a graça da poesia.
Jorge Amado
   
     A graça lírica do seu Temporário e a consciência lúcida que já revela do que vem a ser o moderno ofício de poeta bastariam para merecer o meu apreço, a minha melhor simpatia.
Cassiano Ricardo

     Encontrei-me com um poeta fino, sutil e muito sugestivo; a sua ironia, quando ocorre passar sobre os temas, é rítmica e leve como a brisa. (...) Certamente que nem todos os poemas atingem o mesmo nível. Mas isso acontece sempre, ou quase sempre, nos conjuntos de poemas ou de contos. E com as qualidades que possui, penso que não tardará a firmar-se num lugar bem alto.
Ferreira de Castro

     Cid Seixas parece ser um desses tantos poetas que, só porque escreve algo parecido com versos, também se acha no direito de dizer besteiras. Não é um poetastro simplesmente menosprezível e que não saiba nada do que está fazendo, mas também não é uma grande voz no horizonte da poesia. Com boa vontade pode até ser considerado um poeta quase estadual.
     Seixas está mais para a espacialização de Cummings do que para a sutileza de Mallarmé. Não que ele não queira ser sutil, mas Salvador não é Paris, especialmente a Paris do sonho que qualquer subdesenvolvido.
 Flávio R. Kothe

       Poeta Cid:
     Pela firme poesia de O Signo Selvagem, o agradecimento e o abraço cordial de
Carlos Drummond de Andrade

     Você sabe que sou leitor antigo e admirador da sua poesia, já o disse de público. Fonte das Pedras, além de levar a público de âmbito nacional a emoção de sua poesia, demonstra de forma inequívoca o amadurecimento do poeta no que se refere ao instrumento verbal de um verso tão íntimo e ao mesmo tempo tão exposto, pensado e encontrado.
Jorge Amado

     Agradou-me, porém, como é natural, renovar o contato com a jovem poesia baiana através do seu Fluviário – que teve a gentileza de me enviar.
A permanente pesquisa estética, a partir do movimento modernista de 22 – como você sabe – deve ser um dos pontos básicos do artista que se presa de o ser.
     Noto em seu poema, além da preocupação com a unidade temática, uma ousadia que me chamou a atenção nas comparações que avança quando procura construir a linha paralela entre o homem e o rio. Vez por outra um dos dois cede sua posição assumindo o tom contrapontístico.
     Mas o que importa é haver poesia e sob este aspecto, reafirmo o que já lhe disse em carta anterior.
     Por exemplo:
                “O mar, aqui, não quis vir
                pois não há senhor feudal
                de pedra e água restrita”.
     Esta é, a meu ver, a prova de que não lhe falta a flama lírica, que faz um poeta capaz de alcançar o ponto que merece, entre os valores novos do nosso país.
Cassiano Ricardo

     O rio das suas palavras tem curso preciso e arrasta uma ternura agreste, como a rosa de pedra da sua cidade mágica.
Vilma Guimarães Rosa

     Tenho acompanhado os altos voos da sua criatividade. Conheço Fonte das Pedras, que contêm prismáticas invenções. Gostei muito do seu ensaio “Sua neurose é uma obra de arte ou sua obra de arte é uma neurose?”. Alegrou-me que tivesse cabido a Ariel Krivochein Marques, meu filho, escrever a aba do seu livro para a editora Civilização Brasileira. Subscrevo de todo aquele registro: “Fonte das pedras é uma demonstração cristalina da dialética da criação”.
Oswaldino Marques

     O brasileiro Cid Seixas, cujo discurso pode evocar o do – jovem – Allen Ginsberg (embora ele não seja judeu), consegue o de melhor quando trata as palavras como símbolos cabalísticos de mistério no quadro negro enigmático da teoria pura. Este volume – que incorpora o seu Signo selvagem, de 1978 – coloca Cid Seixas na principal corrente da poesia brasileira contemporânea. O que ele faz jus, pelo seu trabalho e pelo seu texto. (...) É muito diferente dos poemas de O Signo selvagem, onde vemos o coração da semântica, da palavra, do texto.
Hugh Fox

     O livro de poemas de Cid Seixas, O Espelho Infiel, não é uma surpresa no que tange ao poeta, por este já ser muito conhecido, mas é uma renovada surpresa, porque tudo aqui está no sentido de mais uma vez acontecido. Para dar asas à ave há uma bela ouverture com um texto sobre o poder de renascimento da palavra, "Fênix, A Palavra", deixando em evidência essa capacidade de, mesmo “sem ser escutadas”, as palavras trazerem “sua tinta renovada,/ tão antiga e cambiante/ como é nova a madrugada”. No caminho, no rumo para o nada, que, na poesia, assim como no mito pessoano, é tudo, a palavra é “engenho velho e novo,/ o texto tece a alvorada/ do ser talhado na vida/ que nasce pronunciada”.  (...)
    O Espelho Infiel deixa claro a maestria do autor no manejo do ritmo e sua intenção também claramente construtiva, que confere a unidade do livro, um dos mais encantadores da poesia baiana contemporânea. Talvez porque o texto expresse a contemplação de um contínuo renascer, talvez pelo uso enfático de palavras sempre de retornos: “O poeta é aquele que ressurge/do próprio naufrágio”, talvez, como dizia, seja a contemplação da arte como veículo para a vida em contínua renovação que perpassa por todos os poemas e que, no total, dá o tom, que é de puro encanto desta voz, deste canto de poeta.
Gerana Damulakis 

     Ao dotar o signo poético de “uma natureza insubmissa aos sistemas organizados” (ver “Manifesto à Aldeia Marginal”) – um signo selvagem – Cid Seixas revela-se desde já como um poeta cujo parti pris é a natureza mesma – o mundo das pedras, das águas, das coisas.
     A ênfase no natural é manifesta.
     No entanto seus poemas entremostram uma fatura rica em recursos técnicos – artifícios... – que, por evidente contradizer uma “natureza”, a explicitam. Tem lugar assim um distanciamento do mundo natural com a finalidade flagrante de recapturá-lo.
     Fonte das Pedras é uma demonstração cristalina da dialética da criação.
O poeta mergulha na pesquisa das camadas sonoro-semânticas que informam as palavras e contraditoriamente velam/revelam os objetos e seres do mundo.
     É, assim, poesia que se desenvolve com a engenhosa naturalidade de água em pedra, a assumir múltiplas e intrincadas formas der acordo com os diversos “veios”, antes de atingir seu simples objetivo: o leitor, a aguardá-la na fonte. (...)
     Tecer assim a teia verbal do poema é ato ao mesmo tempo cerebral e instintivo – e o fio utilizado é necessariamente verbal, com toda a carga multissignificante que o dicionário confere às palavras (a título de curiosidade, a palavra inglesa webster, que dá nome ao famoso dicionarista, é, por caprichosa coincidência, termo arcaico para weaver, tecelão).
Ariel Krivochein Marques


     Cid Seixas revela uma força de expressão e um domínio da matéria poética que o situam na primeira linha da poesia brasileira tout court. Poesia madura, de emoção contida e profunda, de beleza grave e meditada.
     Disse mais acima que, num buscado despojamento, numa oposição ao barroco, tão caracteristicamente baiano, Cid Seixas encontra o caminho, o leite onde flui sua poesia. Lembra-me ele, por isso mesmo, certos grandes poetas pernambucanos, Joaquim Cardozo, João Cabral de Melo Neto, Carlos Pena Filho, o inesquecível Carlos Pena, que nos foi roubado na ida atual de Cid Seixas. Há um parentesco entre esses pernambucanos e o baiano do Recôncavo; uma timidez que resulta em força e em decisão. Um parentesco que não é parecença nem muito menos imitação.
     Pergunto eu, no prazer da leitura de Fluviário: quando crescer o poeta ainda mais – e crescerá com certeza –, quando do “pasto das águas” sair para os campos do mar-oceano, manter-se-á nos limites da contenção atual, ou os elementos tão poderosos da Bahia, o barroco, o trópico, o mistério denso, colorido, perfumado, se imporão sobre a continência atual, dando à sua poesia fronteiras ainda mais amplas? Só o poeta e o futuro poderão responder.
Jorge Amado  

     Trata-se de um jogo intertextual ou de uma salutar brincadeira com os versos seguintes de Paul Valéry, que dizem:
                “Um homen sério não tem ideias.
                Um homem de ideias nunca fica sério.”
     Os dois versos iniciais do poema de Cid Seixas intitulado “Primeiro fragmento” dizem o seguinte: “Todos os poemas que eu gosto não são sérios: são poemas.”
     Estaria o nosso autor usando a autoridade do grande poeta e pensador simbolista, nascido na França, para construir uma nova teoria ou uma esperta filosofia da composição? Podemos afirmar que, desde o primeiro e incipiente livro Temporário, Cid Seixas já pensava o mundo e a arte através dos versos. O ensaísta de amplos recursos, referentes tanto ao domínio do conhecimento quanto ao uso saboroso da linguagem, já estava presente nos primeiros poemas. Desse modo, podemos acompanhar uma trajetória consciente em bem realizada. Este novo livro, constituído por um número avaro e reduzido de versos, confirma uma tendência que se tornou uma marca e uma garantia de qualidade. Os versos densos – e, por vezes, difíceis de se deixar compreender em uma primeira leitura – exigem sempre a persistência do leitor, até serem compreendidos no muito que têm para dizer.
José Augusto Barroso

     Cid Seixas, o autor de Fonte das pedras, publicado pela Editora Civilização Brasileira (Rio de Janeiro, Brasil), dá o melhor de si quando se coloca fora do mundo real para penetrar no mundo da palavra. Ele é um grande inventor-criador da poesia brasileira, mas perde em densidade quando atinge o que podemos chamar de Ar-Real no Tempo-Real.
Hugh Fox

     Só lhe posso dizer diante de “Engenharia de estrutura” que você já realiza com Inteligência e convicção o objetivo que se traçou.
     A estrutura, entretanto, não exclui, para mim, um certo laivo de lirismo, não adocicado, mas severo, por ser – como ensina Cassirer – uma “condição humana prototípica”.
     Sei que pedra e cimento são hoje materiais de construção enobrecidos por poetas de vanguarda, embora venham desde já os chamados “versos pétreos” de Dante.
     O nosso Cabral “educa pela pedra” e o faz admiravelmente.
     Você, a meu ver, pode tirar grande partido do seu estruturalismo poético sem “evitar frestas” para a emoção que é o alimento da forma, para que esta não se transforme em fôrma.
Cassiano Ricardo

     Meu caro Cid Seixas,
     Não sei qual o melhor – se o poeta, se o ensaísta (há em cada um algo do outro). Só sei que você põe sua marca pessoal e de qualidade-profundidade. Isso é ótimo.
     Meus sinceros agradecimentos e minha devota admiração,
Antonio Houaiss
 
     Poeta e crítico, Cid Seixas dá o melhor de si quando se dedica ao ensaio, gênero que lhe permite unir a sensibilidade do escritor à agudeza do estudioso. Penso, mesmo, que os momentos da sua poesia que mais falam ao outro estão presentes nos seus textos teóricos, nos seus ensaios, escritos numa linguagem exemplarmente criativa.
     Ao tomar como pretexto a criação de outros escritores, Cid Seixas dialoga com seus modelos, dando uma contribuição personalíssima à literatura e firmando-se com uma escritura que traz o condão de seduzir e bem formar. Ele é dos poucos, pouquíssimos, que sabem transmitir o saber com sabor.
Mário Krause
   
     Crítico universitário refinado, com trabalhos de longo alcance, que abrangem as várias dimensões da teoria da linguagem, a poesia de Fernando Pessoa, sem esquecer as incursões pelo trovadorismo medieval ou a literatura brasileira contemporânea, Cid Seixas não dispensou, ao longo de sua carreira acadêmica, a intervenção crítica desenvolvida nos jornais. Nele, essas duas modalidades, ao contrário do que aconteceu no Brasil nos últimos tempos, estiveram fraternalmente unidas, como se uma fosse efetivamente o contraponto da outra.
Francisco Ferreira de Lima
   
     A meu ver, as figuras mais importantes da nossa literologia, hoje, são Fábio Lucas, com seus extraordinários e corajosos estudos sobre culturas hegemônicas e culturas periféricas, Flávio R. Kothe, que acaba de nos dar o superprovocativo Literatura e sistemas intersemióticos, o sempre brilhante Merquior, em plena lua-de-mel com a erudição, o gaúcho Donaldo Schüler, a operar a simbiose da visão clássica com a mais instigante modernidade, Cid Seixas, nativo da esfera do pensamento teórico e poeta, José Ribeiro Damasceno, que lavra a esfera do signo, Valnice Galvão, segura, penetrante, desmistificadora e last but not least, Davi Arrigucci Jr., límpido, sagaz, de inteligência multifacetada.
Oswaldino Marques  
 
     Mas, certamente, ninguém lhe negará os seus vistosos méritos: a exposição ágil e elegante, a argumentação lógica e bem encadeada, a agudeza crítica, o amplo espectro analítico, o nível elevado da sua até ousada pesquisa, tudo isso configurando uma ilustração, e mesmo erudição, em tudo e por tudo, admiráveis.
Mário da Silva Brito 
  
     Com isso, quero desde o início deixar patente minha admiração por várias altas qualidades manifestas no livro, dentre as quais realço a sequência nas ideias, a madureza do pensamento, o espectro rico da informação e erudição, o inteligente aproveitamento das fontes e bibliografia, e a elegância da exposição.
     Quero também deixar claro que isso não significa minha identidade de vistas, sob todos os aspectos com as do autor. Nutro a esperança de que Cid Seixas não abandone a direção de estudos que tomou e a prossiga, aprofundando pontos que parecem merecer indagação mais acurada de sua parte. Afloro, a seguir, alguns com o só fim de espicaçá-lo, mas sem intuitos polêmicos ou, muito menos, professorais ou magistrais: será, antes, um diálogo entre pares de angústias e buscas (malgrado – ah! a diferença de nossas idades).
Antonio Houaiss 
 
     Como leitor acurado, Cid Seixas, embora crítico de literatura, assume uma posição anterior a fronteiras – buscando as articulações entre discursos – e, mesmo, questionando o seu ofício – a crítica. Parece, às vezes, não querer reconhecer as delimitações de fronteiras entre o acadêmico e a prática do periodismo – e a partir deste lugar questiona ferozmente, embora esse exercício seja mais para iluminar o caminho da crítica do que detratá-la – o tipo da crítica acadêmica. Como autor de textos destinados ao jornal diário, o crítico apropria-se do discurso do leitor comum para demonstrar que não existe fundamento na “alta literatura” para o texto ficar aprisionado pelo crítico. Inserido o crítico em um momento de fortes mudanças, questionar  um tempo anterior em que a alta literatura passou a ser articulada por críticos acadêmicos que se encharcaram com um jargão próprio e que inviabilizou o leitor comum de comungar suas impressões, suas experiências literárias. Esse tipo de crítico que dominou na década passada as folhas dos diários afastou muito o leitor do prazer de experienciar junto a um leitor mais acurado suas ideias. Assim sendo, Cid Seixas sai deste lugar, para juntar sua voz com o leitor comum e vociferar contra a torre de marfim, vociferar contra o desprazer da leitura.
Ívia Alves
 
     Cid Seixas não se esconde atrás de uma pretensa neutralidade, antes faz questão de assumir posições, de questionar parâmetros, de ironizar posturas ou postulados... Mas, se num momento ele denega verdades e provoca dúvidas; noutro, seu argumento quer ser preciso e sua perspectiva, didática. (...)
     Destacamos a importância deste livro não apenas como registro de um dado momento cultural da Bahia, mas sobretudo como a oportunidade do leitor interessado em questões literárias e culturais entrar em contato com abordagens claras, e muitas vezes polêmicas e corajosas, de obras e temas de inquestionável relevância acadêmica e sociocultural. Cid Seixas demonstra mais uma vez, na reunião de crítica ligeira, uma capacidade de síntese, uma clareza de propósitos e uma fluidez textual que são marcas registradas da sua produção intelectual. Ao leitor, fica então o prazer da leitura.
Elvya Ribeiro Pereira e Rubens Alves Pereira
 
     Da qualidade dos seus ensaios, nem é preciso falar. Do seu livro gostaria de lhe dizer que comecei a leitura tão logo o recebi. E em poucos dias cheguei ao fim de um texto de alto nível, digno do especialista em Freud e Pessoa que você é. Gostei. Nele o leitor tem muito que aprender, além de ser convidado o tempo todo a refletir. Só lamentei que algumas questões tivessem de ser sumariadas em razão do tamanho do volume. O que fica, porém, é das melhores coisas que li nos últimos tempos em matéria de ensaio. Faz pensar nos azares que retêm na gaveta a sua tese em torno do Pessoa.
Massaud Moisés
   
     Só tive oportunidade de conhecer O Espelho de Narciso, há pouco tempo, após uma referência encontrada no livro Linguagem e Ideologia, de José Luiz Fiorin. Causou-me surpresa constatar como as dissertações de mestrado eram densas, na década de setenta. Hoje, seria uma tese de doutorado ou de pós-doutorado de valor inestimável. Trata-se de um livro dos mais abrangentes que li sobre o tema.
Mariana Villanova
 
     Gratíssimo por seu magnífico O Espelho de Narciso. É contribuição fundamental à literocultura (scholarship) brasileira contemporânea. Parabéns pelo revide a esses altos desafios. Quando lança você o livro II d’O Espelho? Junto lhe envio entrevista minha em que faço uma referência a você (no final).
Oswaldino Marques

     Além de apresentar um bem fundado estudo sobre o lugar da linguagem na descoberta de Freud, o livro articula a psicanálise com a literatura e, consequentemente, com as outras artes. Escritos por um poeta – por alguém que sabe escutar e dizer a palavra em estado de silêncio ou latência – os textos aqui reunidos habitam o intervalo entre a ciência e o desejo. No mais, constituem uma leitura útil para o estudo das áreas de psicanálise, linguagem e literatura, interessado numa reflexão criativa e interdisciplinar.
     O primeiro texto é de especial interesse dos estudiosos da teoria freudiana, desde a chamada pré-história da psicanálise, pela constante recorrência aos conceitos estruturados numa obra que testemunha a passagem no jovem Freud da neurologia à psicanálise, até o seu estágio atual, dominado pelo advento de Jacques Lacan.
     O segundo texto, ou a segunda parte do livro, articulando questões de várias disciplinas e fazendo um recuo de Lacan a Heidegger, focaliza temas atuais, tomando como pretexto a obra de Fernando Pessoa. Este livro, embora marcado pela erudição, pode ser lido por qualquer leitor. Para isto concorrem a escritura fluente e a clareza do autor, capazes de tornar acessíveis e lúdicas as mais complexas questões.
Sérgio Lyra
 



SOBRE CID SEIXAS (textos integrais)


Tecendo a Fonte das Pedras   (por Ariel Krivochein Marques)

Uma teoria em Pessoa (por Ana Tércia Campos)

Apresentação à Academia Brasileira    (por Jorge Amado)

Claro Espelho   (por Gerada Damulakis)

A Dupla Via da Crítica   (por Francisco Ferreira de Lima)

Em Nome do Prazer de Ler   (por Elvya e Rubens Pereira)

O Poeta e o Romancista   (por Jorge Amado)

Um Parecer sobre Linguagem, Cultura e Ideologia   (por Antonio Houaiss)

Um Percurso Crítico  (por Sérgio Lyra)

Apresentação dos Textos Escolhidos   (por Ívia Alves)

O Junco é Irmão de Macondo   (por Marcelo Torres)

Mundo Hispânico Comemora Dia das Letras Galegas (por Manuel Pinheiro Cal) O texto remete a uma Cantiga à Moda Galega, composta por C. S. durante o evento.

A magia do real em Fonte das pedras (por Hugh Fox)

Estudos de linguística e semiótica  (por Moanna Brito)
 


 

 
Leitura Crítica

Livros Impressos

Alguns poemas

Trovadorismo


Coleção E-Poket

Cronologia Publicações


Folhetim

Pouca Poesia


Jorge Amado


Sobre o Autor

O Autor e a crítica

Umberto Eco

Conhecer Pessoa


Correspondências

Alguns poemas


Cassiano Ricardo, Bopp e...


Euclides Neto








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no mês de outubro de 2016. Última atualização desta página: novembro de 2021.
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